3.1.14

O que me assusta.



O que me assusta é essa coragem que eu eu tiro, não sei de onde, de seguir ao teu lado.
O que me assusta é imaginar que talvez você nunca mude.
Me assusta não ter uma mão para segurar e um caminho a ser guiado.

O que me assusta faz de mim alguém inseguro. Inseguro sobre o que me assusta.

Sozinha,

3.4.12

Porque nada é para sempre e nem sempre é para amanhã.
As vezes o tudo é nada e o nada pode ser tudo.
Ninguém talvez não entenda alguém, ou, alguém não entenda ninguém.
Tem dias que há muito pra se falar, entre outros em que não há nada para se dizer.
As coisas são inconstantes, e eu, como alguém constante, não consigo me adaptar a isso.
E quando o sempre é para amanhã, o tudo é nada, quando o desentendimento prevalece e quando as bocas se calam, eu percebo que não sou nada. E ao mesmo tempo tudo. Sou só, sou vazia e cheia, sou inconstante.

19.3.12

Por tudo que for.

Eu queria pedir desculpas por ser assim. Por achar que posso confiar em qualquer coisa que me digam.
Por não saber responder quando devo falar e por calar quando devo dizer algo.
Eu queria pedir desculpas pelas vezes que falei demais. Pelo que eu nunca soube ser...
Eu queria pedir desculpas só pelo fato de ter que pedir.
Só por, por ser tão, só achar que um tapinha nas costas chega a ser um carinho.
Por não conseguir evitar tantas coisas.
Tão mais fácil ouvir desculpas que falar.
Eu queria pedir desculpas por quando sequer consigo pedir.
se a coragem permitisse, faria do aperto de um abraço desculpas.

11.3.12

Por pouco você me fez feliz.

Faço urgente a necessidade de te falar essas coisas, mas não posso. Não é da sua natureza me entender. Eu sei que você tem tentado, um pouco de esforço é deixado escapar. Talvez seja por inocência, sem intenção, mas essas tuas manias de desfazer felicidades por tão pouco insistem em me deixar triste. Eu até andava feliz. Não se assuste, mas quando extrais da minha face semblantes tristes, enquanto dirijo sinto que fico mais sensível. Deixo passar pela minha cabeça idéias que provoquem acidentes, só para ver o quanto você vai se preocupar comigo. Pra saber se depois de quase me perder vai pensar nas vezes que me fizeste triste por quase nada. Eu ando com medo. Tenho medo do que pode sair da sua boca. Tenho medo desse seu temperamento intempestivo. Eu só penso que você continue tentando, pois teve uma melhora. Eu só peço que você não deixe as coisas se perderem sabendo do risco que se encontram. 

2.3.12

Mas não me diga que não sabe dançar.

Se quiser eu danço com você.
Pode ser na rua, no caminho de casa, na virada de esquina.
Pode ser no canto de sua boca, no escapar de um sorriso, eu bailo com você.
No portão de casa, na saudade, na cama...
Se quiser, eu danço com você na praia. Te levo até a lua, enquanto espalhamos a agua do mar.

Sim, assim posso dançar com você.
Só não venhas ao pé do meu ouvido me fazendo acreditar que cantarás a canção e deixe escapar um: mas eu não sei dançar.